Paisagens tropicais luxuriantes, araras heroicas, música dançante o suficiente para aquecer a pista de dança na balada mais quente do Rio de Janeiro–são apenas alguns dos destaques do maravilhosamente animado, e frequentemente muito engraçado, Rio 2.
Nesta continuação de Rio de 2011, retornando ao casal de araras Blu e Jade, eles vão até a Floresta Amazônica–todos os três de seus filhos a tiracolo–para procurar a misteriosa colônia de araras que, de acordo com boatos, estava vivendo lá. Mal eles chegam e conhecem o pai perdido de Jade; Blu (como Jade e as crianças, uma ave domesticada que teve uma vida demasiadamente fácil em casa) deve provar que é capaz de sobreviver na selva; eles ficam cara a cara com o vilão principal do filme, uma espécie voraz que está derrubando grandes partes da floresta para seus próprios fins execráveis; e…ah, sim, Nigel, o Shakespeare volta a empatar o placar com Blu.
O trabalho de voz é bom, Jesse Eisenberg como Blu, Anne Hathaway como Jade e Andy Garcia como seu pai exigente (soando como Robert DeNiro em completo modo de Entrando Numa Fria Maior Ainda), e Jemaine Clement como a vingança, porém hilário e infeliz Nigel. O retorno do diretor Carlos Saldanha mantém a ação (e há muito disso, diversão garantida para crianças) flui sem problemas, e o roteiro inclui piadas o suficiente e também visuais para a mãe e o pai se divertirem também. É a animação, porém, que é o verdadeiro foco aqui. Vista panorâmica da selva…crescentes vislumbres do centro do Rio…e, com certeza, as próprias aves, azuis e vermelhas e todos os matizes no meio, suas penas de arregalar os olhos, em contraste ousado com a vegetação quase monocromática de seus arredores…Rio 2 é a paleta de cores de um artista ganhando vida.
Claro, o final é um pouco conveniente, às vezes o enredo parece tão denso quanto a própria floresta, e você pode precisar de um scorecard para manter o controle de todos, mas considerando o quão bonito tudo parece, você–e especialmente os mais pequenos, provavelmente não vão se importar.
RESUMO DO FILME por Stuart R. Brynien em Nova York
TRADUÇAO por Tayana Teixeira no Rio de Janeiro
