Em Torno da Praça (‘Round the Square in Portuguese)

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Esticando-se pela Broadway e Sétima Avenida da Rua West 42 até a Rua West 47, essa meca tanto para seus residentes quanto para aparentemente zilhões de turistas é uma miscelânia de restaurantes, lanchonetes fast-food, cinemas, lojas, e enfim, você sabe…de qualquer maneira que se a olhe, ela sintetiza o símbolo de Nova York como “The City That Never Sleeps”, ou “A Cidade Que Nunca Dorme.”

No passado chamada Longacre Square, o que nunca lhe faltou é muita atividade desde que foi renomeada Times Square em 1904 quando Teddy Roosevelt residiu na Casa Branca. O editor Adolph Ochs, que havia mudado a sede do Jornal New York Times para um novo arranha-céu recentemente erguido na Rua 42, foi quem convenceu o prefeito e funcionários públicos da construção de uma estação de metrô que foi um componente integral para fazer da Times Square o que ela foi–e é hoje. Quando Ochs mudou a sede do jornal para o outro lado da Sétima Avenida em 1913, o edifício Times Building foi renomeado de edifício Allied Chemical Building cujo nome foi mantido por vários anos até que ele ficou conhecido simplesmente como One Times Square.

 A área cresceu aos trancos e barrancos e se tornou um verdadeiro ponto focal e quando luminares como Irving Berlin, Fred Astaire e Charlie Chaplin tornaram-se associadas com este vasto playground, a Times Square foi apelidada de “The Tenderloin”, ou “O Lombo”, porque ela foi considerada o local mais desejável de Manhattan. Falando de lombo, o escritor deste artigo recorda vividamente ter jantado em um lugar chamado Tad Churrascaria onde as carnes foram tão “suaves” quanto uma caixa de tiras de elástico grosso mas, que diabos, a refeição custou apenas U$ 2,49!

Durante a Depressão (econômica de 1929), “The Great White Way” ou “O Grande Caminho Branco”, como era conhecida a Broadway, desenvolveu um olho negro, quando os jogos de azar e a prostituição tornaram-se a ordem do dia. A área ficou considerada claramente perigosa. As coisas continuaram a sua tendência de queda com a proliferação de bares Go-Go (embora ainda jovem demais para entrar num deles, eu lembro de tentar obter um vislumbre devasso pela janela de uma dos bares chamado “Metropole”), e também de sex shops, peep shows–que são cabines que exibem filmes pornográficos–, teatros para adultos–onde atores se masturbam nus no palco–, além de outros do gênero.

Nos anos 80 e 90, os prefeitos Koch, Dinkins e Giuliani fizeram grandes progressos para limpar a Times Square. A maioria dos peep shows foram retirados da praça, os “Squeegy Men”–flanelinhas– tiveram de ir limpar pára-brisas longe da praça, e a área foi ganhando uma respeitabilidade recém-descoberta.

Em 2009, o prefeito Bloomberg fechou o tráfego na Broadway entre as ruas 42 e 47, tornando a Times Square mais propícia para pedestres.

Os proprietários dos edifícios no local são, na realidade, obrigados a exibir sinaleiros iluminados–entre eles os “spectaculars” e os “jumbotrons”, que colocaram a Times Square em pé de igualdade com Las Vegas no departamento de luzes brilhantes. Pode-se dizer que já se passou uma longa jornada desde que o primeiro sinal de propaganda eletrificada apareceu ao lado de um banco na Rua 46 com a Broadway em 1904!

A comemoração de Ano Nova é, claro, seu acontecimento mais importante. Um breve olhar em retrocesso: em 1904, 1905 e 1906 houve queima de fogos do alto do Times Building, mas, quando os funcionários municipais consideraram-na demasiado perigosa, então a primeira bola (Waterford Crystal) foi usada caindo pouco antes de meia-noite de 31 de dezembro de 1907. Durante a Segunda Guerra Mundial, houve um minuto de silêncio, e uma gravação de sinos de igreja que substituiu a bola luminosa devido a restrições de apagões no tempo de guerra.

Hoje em dia, é uma bola de LED de energia eficiente que se usa durante todo o ano, também em outras ocasiões tais como o Dia dos Namorados e Dia das Bruxas. Há geralmente em torno de um milhão de foliões, mas na virada do século (de 1999 para 2000), houve uma multidão estimada ser em dobro, tornando-se o maior multidão na Times Square desde o fim da II Guerra Mundial em agosto de 1945.

E ei-la, então: Times Square, “The Crossroads of the World”, ou “As Cruzadas do Mundo”–e o próprio núcleo da Big Apple!

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SITES DA CIDADE por Eric Jensen, Nova York

TRADUÇAO por Lucas Eller, Nova York