Ah! Então foi isso que criou todo um rebuliço: a crítica da comédia de James Franco/Seth Rogen A ENTREVISTA (in Portuguese)

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O filme que foi retirado dos cinemas por chefes de estúdio de Hollywood em pânico depois de ameaças de represália por parte do governo norte-coreano, A Entrevista – agora disponível pela primeira vez – apresenta as almas gêmeas do mundo das drogas James Franco e Seth Rogen como Dave Skylark e Aaron Rapport, respectivamente o galã e o produtor de um talk show de televisão direcionado a celebridades, um show que favorece besteiras e asneiras ao invés de assuntos sérios.

Quando Skylark descobre que o ditador norte-coreano Kim Jong-un é um fã do show, ele tem uma ideia genial (não é pouca coisa, considerando-se o pateta que ele é): por que não marcar uma entrevista com ele? Pense nas avaliações! Em breve, porém, a CIA descobre o plano deles, e recruta Dave e Aaron como assassinos pagos. (“Nós queremos que vocês o levem para fora”, disseram os agentes. “Levá-lo para fora? Você quer dizer, como…para jantar?”)

É claro, um par mais desajeitado de assassinos seria difícil de encontrar. (Abbott e Costello, talvez.) Eles são levados, então, para o outro lado do mundo, colam-se a Kim, e preparam sua armadilha…enquanto que seus manipuladores com olhos de águia assistem a todos os seus movimentos de seu covil de alta tecnologia nos Estados Unidos.

A química entre Franco e Rogen é inegável; há uma vibração de improvisação em suas cenas que é divertido de assistir, embora a natureza imatura do humor – muitas das piadas são da variedade de pau-e-cu – começa a se desgastar um pouco ao longo do filme.

Franco, com os olhos alegres e sorriso bobo, e Rogen – supostamente o mais inteligente dos dois – exageram na atuação ferozmente. Como Kim, Randall Park é um garotão e irmãozão, humilhado pela companhia de Dave (trata-se de uma estrela da TV americana, afinal de contas), e não é jamais como você esperaria que um vilão de sua espécie fosse (sem querer estragar o final: isso muda mais tarde ). Diane Bang, como sua chefe de propaganda que é sexualmente frustrada, uma gostosinha de uniforme apertado e bunda sem disparate, fornece, eficientemente, alguns momentos cômicos de si mesma.

Há uma quantidade alarmante de sangue e ferimentos – Rogen, que co-escreveu e co-dirigiu, exagera um pouco nas cenas de violência, particularmente  na parte final do filme – e é fácil entender por que a Coreia do Norte não vai adicionar este filme na lista dos Dez Melhores tão cedo; o retratar de seu líder supremo não é exatamente lisonjeiro.

No entanto, você não pode deixar de perguntar: é isso que causou todo um reboliço? Uma relação de amizade entre dois homens, um aspirante à sátira política, estrelado por dois dos mais descontraídos galãs apolíticos do planeta?

Franco e Rogen quisessem que todos os seus filmes obtivessem tamanha publicidade…garantidos pelo sistema de segurança dos Estados Unidos ou não.

Seth Rogen;James Franco;Lizzy Caplan

Seth Rogen;James Franco

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CRITICA TEATRAL por Stuart R. Brynien, Nova York

TRADUÇÃO por Lucas Eller, Nova York